28 setembro 2010

50 anos

O primeiro wallpaper que faço relativo à celebração dos 50 anos da conquista da 1ª Taça do Campeões Europeus. Com uma ajudinha do grafismo oficial do site do Glorioso...

O campeonato do andor

Nome Porto envolve mais gente além do treinador”, declarou recentemente André Villas-Boas. Mas qual é a novidade? Já todos confirmámos isso há bastante tempo através do Youtube. Aliás, bem recentemente, na liga que decorre, temos visto bastante trabalho mostrado por parte de toda a estrutura portista, não só nos jogos que a equipa tem realizado, como também, e não menos importante, nos jogos do Benfica. De facto, os colaboradores de apito do porto tem apresentado bom trabalho para a equipa, bem mais produtivo aliás, que o do próprio treinador.

Também já tivemos erros contra nós”. Esta pérola foi de Belushi, que acrescenta: “Fomos sempre contundentes em campo e estamos assim por mérito próprio”. É óbvio, e percebo-o agora, que nesta última frase o rapaz se referia a toda a estrutura portista, incluindo a tal “gente além do treinador “. Realmente assim faz sentido.
Fala-se muito da arbitragem. Nós temos é que demonstrar dentro de campo aquilo que podemos fazer”, concluiu ainda. Acho que não há Benfiquista nenhum que discorde disto. Já era tempo de não haver motivos para falar de arbitragem. Aí o porto (apenas a equipa de futebol, sem o resto da gente que o envolve) teria que demonstrar dentro de campo aquilo que pode fazer.
Aliás, foi algo semelhante o que se passou na época transacta: Enquanto o fóculporto se queixava de arbitragens, nomeadamente de túneis e castigos, o Benfica demonstrava dentro de campo aquilo que podia fazer (só com a equipa de futebol, imagine-se!). E de que forma mostrava…

Só não ganhámos o campeonato dos túneis”, zurrou ontem Bimbo da Bosta. Equívoco: Também já têm destes no vasto palmarés de campeonatos de fruta, bolinhos, café, viagens, envelopes, putas, etc. Basta lembrarmo-nos de um Guarda Abel... Assim sendo, lançaram-se este ano num campeonato do andor.
Mas pelos vistos os túneis são longos… Afinal eles não defendiam que se falava demais de arbitragens este ano? Talvez achem melhor falar das do ano anterior… Como dizia Villas-Boas após o recente comunicado do Benfica que referia as arbitragens: “O refúgio para as derrotas vai sempre ser o mesmo”, referindo-se possivelmente aos seus comentários após as derrotas no estágio em França. Ou talvez se referisse precisamente aos túneis. Já podemos deduzir que quando aparecerem as derrotas do fóculporto, a culpa será dos túneis do ano passado…
Ganhámos nos campos, nos ringues, nas piscinas ou onde quer que seja”, continuou o Bimbo. Realmente isso também já confirmámos através do Youtube.

Por falar em ringues, é preciso esclarecer a equipa de hóquei em patins do fóculporto que há diferenças entre um ringue de hóquei e um de wrestling. No domingo passado fizeram essa confusão. ATENÇÃO rapaziada: o que conta para o resultado são os 8 golos que levaram e não as pauladas que conseguiram dar aos adversários!


Apenas um aparte, que me incomoda: Será que alguém tem visto esta época, futebol praticado pelo fóculporto, semelhante de alguma forma àquilo que assistimos na época passada por parte do Benfica? É que eu definitivamente NÃO! É certo que o Benfica ainda não está a praticar o futebol que desejo, mas estou convicto que tem praticado futebol mais que suficiente para esta Liga Portuguesa. Para estar pelo menos em segundo lugar, a calcar os calos ao primeiro, não fosse a mentira que é esta tabela classificativa. Lembro-me do Benfica recente e ao olhar para o porto vejo uma equipa vulgar, contrariamente ao que a imprensa e o próprio sistema nos quer fazer perceber, através de uma diferença pontual exagerada e longe da realidade desportiva das equipas. Já ouço benfiquistas irem na conversa e defendo: ESTE PORTO NÃO É UMA SUPER-EQUIPA! É vulgar e tem sido descaradamente beneficiado.

O ano passado tivemos um SUPER-BENFICA e ainda andamos a levar com a fábula dos túneis, para que daqui por uns dias estejam abafados todos os erros de arbitragem escandalosamente cometidos contra o Benfica, e o fóculporto possa passear calmamente pelo campeonato fora com uma margem de manobra confortável oferecida bem cedo, parecendo assim a equipa bestial e imbatível, incontestável merecedora de tudo o que vier a alcançar…

27 setembro 2010

Eu acredito!

Crónica de Miguel Góis in Record
27/09/2010
 
 
 
Pessoalmente, sempre gostei muito de ficção científica. Talvez por isso tenha apreciado de forma particular a seguinte pergunta que um jornalista fez, esta semana, a André Villas-Boas: “Coloque-se perante este cenário: no jogo com o Olhanense, o FC Porto é prejudicado pelo árbitro…”

Assim, de repente, lembro-me de vários episódios do “Star trek” com pontos de partida mais verosímeis. Por outro lado, na ressaca da falência do comunismo, podemos estar perante o dealbar de uma nova utopia vermelha – milhões de seres humanos, espalhados pelo Mundo inteiro, que acreditam ser possível construir uma sociedade onde um árbitro marque um penálti contra o FC Porto! Eu acredito! Junte-se o leitor também a este movimento! André Villas-Boas já o fez, nomeadamente quando, em resposta à pergunta acima citada, afirmou: “Há de chegar o dia em que nós nos sentiremos injustiçados (…).” Ele também acredita!

Mas o treinador do FC Porto ainda teve tempo para comentar a reação do Benfica à arbitragem de Olegário Benquerença: “O refúgio para as derrotas vai sempre ser o mesmo”. Isto vindo de um homem que nunca se refugiou na arbitragem para justificar as derrotas tem outra credibilidade. Infelizmente, André Villas-Boas não é esse homem. Basta recordar as suas palavras na última partida que o FC Porto perdeu, em agosto, no Torneio de Paris: “É um árbitro que ajudou à festa dos clubes franceses do torneio (…) Sinto um sentimento de injustiça perante o que se passou no golo”. Só quem já foi prejudicado num lance – e não em quatro – de um jogo particular – e não de uma partida a contar para o campeonato – é que consegue compreender este sentimento de revolta.

Sorteio da Taça de Portugal

3ª Eliminatória (16 e 17 de Outubro)

Eis o resumo:

SL Benfica - Arouca
Fóculporto - Limianos
Estoril-Praia - Lagartage
1º Dezembro - Braguinha

26 setembro 2010

A normalizar...

E assim passamos este fim-de-semana à frente da lagartage na tabela classificativa, depois do seu empate caseiro.

A coisa está a normalizar e acredito que ainda é bem possível atingirmos o lugar que merecemos: o 1º.

A Supertaça é nossa!


Parabéns ao hóquei do Glorioso!
Trouxemos o troféu da Supertaça para casa com uma vitória esclarecedora por 8-4 sobre o fóculporto.

Agora vamos à luta pelo campeonato...

A mão (de Rolando) que segura o andor

Crónica de Ricardo Araújo Pereira in A Bola
25/09/2010
 
 
 
A dureza com que a equipa do Sporting foi criticada após a derrota na Luz deixa-me na posição ingrata de ter de a defender. Concedo que a exibição não foi boa, o que acaba por ser normal. Como já aqui escrevi, parece-me que o Sporting não está tão forte como no ano passado. No entanto, os riscos de desflorestação não se confirmam. É verdade que saiu uma maçã e o pinheiro acabou por não vir, mas o modo como Aimar e Saviola se mexeram entre o meio campo e a defesa do Sporting deu a entender que os jogadores leoninos estavam bem plantados na relva. No fim do jogo, pareceu-me ver o preparador físico do Sporting a desenraizar o Maniche da entrada da área. E um dos adjuntos teve de enxotar a águia Vitória, que se preparava para começar a fazer o ninho no ombro do Nuno André Coelho.


DESEJO aderir ao novo modelo de crónica futebolística em que o autor revela, para mais que previsível gáudio dos leitores, onde, como e quando, viu determinado jogo, e ainda tem a gentileza de fazer a resenha das opiniões emitidas por comentadores estrangeiros – que são sempre os mais perspicazes e informados sobre o futebol português.

Antigamente, o público não sabia se um cronista tinha assistido a determinado desafio em directo ou se tinha sido obrigado a ver uma gravação, se tinha visto a partida em território nacional ou estrangeiro. Esses tempos, felizmente, acabaram. Informo então que assisti ao Nacional – Porto no Brasil, através de um canal televisivo local. Estava uma temperatura agradável. Ingeri 72 tremoços durante a transmissão. Os comentadores consideram claríssimo o penalty não assinalado após evidente mão de Rolando na área (que bobagem!, exclamaram os comentadores) e perceberam, sem recurso à repetição, que tinha sido mal tirado o fora-de-jogo ao ataque do Nacional. Um dos comentadores, especialmente bem preparado, lembrou a propósito a célebre conferência de imprensa em que Alex Ferguson afirmou que o Porto comprava os seus títulos no supermercado. De facto, o futebol português, visto no estrangeiro, tem outro interesse.

MAIS um escândalo que resulta de inomináveis injustiças: o seleccionador do Brasil, evidentemente seguindo instruções do dr. Ricardo Costa, chamou David Luiz e deixou de fora da convocatória o inigualável Givanildo. Creio que se impõe uma vigília.

ACOMPANHEI, com alguma surpresa, as reacções da imprensa nacional à derrota do Braga frente ao Arsenal. Pareceram-me exageradas. É verdade que o Braga levou 6, mas a equipa portuguesa que lá foi no ano passado levou 5. É possível que, em Londres, ninguém tenha dado pela diferença. O único pormenor que verdadeiramente distinguiu as duas derrotas talvez tenha sido este: desta vez, o presidente da equipa goleada apareceu no aeroporto juntamente com a equipa, à chegada a Portugal.

O comunicado da direcção do Benfica continua a suscitar os mais variados comentários. Uns apoiam-no, outros reprovam-no, e até o treinador André Villas Boas fez uma observação da qual não retive mais do que o facto de incluir a palavra quaisqueres. Uma das críticas mais frequentes, e à qual sou particularmente sensível, tem a ver com a circunstância de o comunicado disparar em direcções tão díspares como a arbitragem e a comunicação social. Também me parece descabido. Ainda se tivessem sido publicadas escutas em que se ouvisse o presidente de um clube a dar indicações a um árbitro sobre o melhor caminho a tomar em direcção a sua casa, talvez se percebessem melhor as referências à arbitragem. Bem assim, se fosse pública outra escuta em que se ouvisse o presidente do mesmo clube a dar indicações a um jornalista sobre o que devia escrever, talvez se compreendesse a desconfiança relativamente à comunicação social - e talvez se percebesse que o tema é, afinal, mais ou menos o mesmo. Uma vez que nada disso sucedeu, o comunicado parece bater-se contra moinhos de vento que mais ninguém vê (nem ouve).

22 setembro 2010

Hããã???

“Também já tivemos erros contra nós, mas fomos sempre contundentes em campo e estamos assim por mérito próprio.”, diz Bellushi.
Hãã?? Nem vale a pena comentar.

"Fala-se muito da arbitragem. Nós temos é que demonstrar dentro de campo aquilo podemos fazer."

NÃO ME F*DAM!!!
Então e toda a época anterior a falar em túneis, enquanto o Benfica mostrava em campo o rolo compressor que todos viam?!... A procurar desculpas através de um castigo (mais que justo) a um jogador que ainda nada tinha mostrado nos jogos que tinha realizado.



É preciso ter uma lata!...

Agora vou experimentar apontar...

(Actualizado a 20 de Outubro)

De hoje até final de Janeiro acho que vou conseguir uma boa lista:
Vou tentar registar todas as novas contratações de inverno do Benfica que vão passando pelas páginas dos pasquins.

Está inaugurada a nova sessão de futurologia. Aceitam-se apostas...

EDIT: O blog "Tudo por ti Benfica!" está a fazer um óptimo trabalho neste tema, num post actualizado e com links para as respectivas fontes de (des)informação.

Consultem neste link.


  1. Enzo Pérez
  2. Funes Mori
  3. Reyes
  4. Simão
  5. Giuliano
  6. Pereyra
  7. Federico Fernández
  8. Fernando Meira
  9. Nolito
Também as saídas anunciadas:
  1. Fábio Coentrão (p/ Milan)
  2. David Luiz
  3. Salvio
  4. Franco Jara

Comunicado - Conferência de imprensa do Presidente da Comissão de Arbitragem

O comunicado oficial do clube, em resposta, in http://www.slbenfica.pt/:


"O Sport Lisboa e Benfica espera que a conferência de imprensa do Presidente da Comissão de Arbitragem, Vítor Pereira, tenha um efeito pedagógico junto dos árbitros e observadores, e que o futuro próximo do futebol português traduza uma melhoria significativa no nível global das actuações das equipas de arbitragem.

Assinalamos a coragem que teve por assumir erros que influenciaram resultados de vários jogos e penalizaram gravemente o Sport Lisboa e Benfica, confirmando, dessa forma, que a actual classificação da Liga está adulterada.

Para a média de avaliação globalmente positiva de que o Presidente da Comissão de Arbitragem deu conta na sua exposição, seguramente não contribuíram as actuações da maioria dos árbitros que dirigiram jogos do SL Benfica.

Percebemos a definição dos critérios elencados pelo senhor Vítor Pereira, concordamos com eles, só não entendemos a falta de uniformização na aplicação desses mesmos critérios, nomeadamente a nível disciplinar e nos livres de 11 metros.

O Sport Lisboa e Benfica limitou-se a expor factos, nunca pretendeu qualquer tratamento de favor, mas não compreende como é que as “zonas cinzentas” apontadas pelo presidente do Conselho de Arbitragem podem explicar tantos erros de arbitragem, nomeadamente o lance de andebol ontem ocorrido na Madeira.

Independentemente do que se passou em Guimarães, o Sport Lisboa e Benfica nunca pôs em causa a seriedade e competência do senhor Vítor Pereira.

Esperamos, de facto, que o senhor Vítor Pereira não seja “ pressionável ”, mas que seja suficientemente responsável para perceber que tem elementos dentro da sua estrutura que podem não ter a mesma boa-fé e a mesma competência do seu Presidente."

18 setembro 2010

Um protesto sem vigílias não é um protesto

Crónica de Ricardo Araújo Pereira in A Bola
18/09/2010
 
 
 
O comunicado emitido pela direcção do Benfica teve, até ver, pelo menos um grande mérito: causou igual desagrado a portistas e sportinguistas (passe o pleonasmo). Os portistas até apreciam comunicados, mas só se forem lidos pelo terceiro guarda-redes. Gostam de queixas sobre a arbitragem, mas só se forem feitas ainda na pré-época, como fez Villas Boas no torneio de Paris. E levam a mal que uma iniciativa destas não inclua uma comovente vigília previamente anunciada na TV. Organizar romarias à sede da Liga para repudiar o castigo aplicado a um inocente que se limitou a participar num espancamento é pugnar pela justiça e pela verdade; lamentar a existência de vários erros graves de arbitragem é uma palermice folclórica.
Quanto aos sportinguistas, preferem tomadas de posição mais funéreas como um luto, por exemplo. Comunicados são, para eles, queixinhas.
Queixinhas essas que podem eventualmente vir a prejudicá-los, pelo que, após aturada reflexão, decidiram fazer queixinhas das queixinhas do Benfica, inaugurando assim as queixinhas por antecipação. Queixinhas preventivas e dignas, que antecipam factos hipotéticos, e que contrastam flagrantemente com as queixinhas condenáveis, que são as que se referem a factos consumados e comprovados. Donde se conclui que o Benfica foi prejudicado em Guimarães para seu próprio benefício, e para grave prejuízo do Sporting. Só não vê quem não quer.


A homenagem da Associação de Futebol do Porto a Olegário Benquerença gerou uma comoção que não pode deixar de se considerar admirável. Fico sempre impressionado com as pessoas que ainda conseguem surpreender-se com o futebol português. Se é absolutamente normal que um árbitro visite a casa do presidente do Porto («Sempre em frente!») nas vésperas de arbitrar um jogo do mesmo clube, porque haveria de ser menos normal que um árbitro de Leiria fosse homenageado pela Associação de Futebol do Porto nas vésperas de dirigir um jogo do Benfica e mais de dois meses depois das extraordinárias façanhas merecedoras da homenagem? Ambas as situações foram explicadas tão convincentemente que só poderiam deixar dúvidas em espíritos menos puros.
O árbitro Augusto Duarte buscava aconselhamento matrimonial para o papá, e foi por isso que quis escutar a opinião ponderada de um homem cujo talento para manter matrimónios estáveis e discretos é publicamente conhecido e aclamado.
A Associação de Futebol do Porto quis homenagear Olegário Benquerença, natural de Leiria, porque os seus auxiliares são portuenses. No fundo, o procedimento habitual nestes casos.
Quem não se lembra da linda homenagem que a Associação de Futebol de Beja prestou a Carlos Valente, que esteve no Mundial de 1990 com um assistente que tinha uma vizinha que era alentejana? Ou a festa de arromba que a Associação de Futebol da Guarda organizou em honra de Vítor Pereira, presente no mundial de 1998, e que na altura era dono de um cão de raça Serra da Estrela, o que muito orgulhou os organismos do futebol da região?

Jorge Costa prossegue a sua magnífica recuperação da Académica, que se encontra neste momento em terceiro lugar, bem longe do triste 11º posto em que terminou no ano passado. Com um plantel praticamente idêntico ao da época anterior, o novo treinador dos estudantes - que, recorde-se, nunca redigiu relatórios para Mourinho -, insiste em fazer melhor que o seu antecessor. Uma impertinência que lhe pode sair cara.

14 setembro 2010

Comunicado do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica

Eis o já "badalado" comunicado, retirado na íntegra do site oficial do clube. Fica também o vídeo no final.


"Há momentos que exigem ponderação de análise e firmeza na acção. Há momentos que obrigam a uma participação alargada na tomada de decisões porque isso fortalece a decisão. Razões suficientes que justificaram a convocação de um plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica. Nunca defendemos condições de privilégio, o que sempre reclamámos na nossa história foi igualdade de tratamento, isenção no momento de tomar decisões e verdade.


São estes princípios que garantem a credibilidade em qualquer sector de actividade, seja na política, na economia ou no desporto. São estes princípios que, infelizmente, têm faltado ao campeonato de futebol profissional da primeira Liga nestas primeiras quatro jornadas.

Perante a evidência de tantos erros em tão pouco tempo, a esperança de um campeonato sério ainda não morreu, mas foi fortemente atingida. Aceitar com ligeireza o que se tem passado neste início de campeonato é negar o obvio e pactuar com a mentira.
Qualquer generalização é perigosa e nós não o queremos fazer. Há árbitros competentes – temos essa consciência e essa certeza – mas, infelizmente, por acção de alguns, todos são postos em causa.


O Benfica agirá sempre no estrito cumprimento da lei, não estando disponível para trilhar caminhos sinuosos que outros percorreram sem problemas de consciência e sem reparo ou castigo da justiça.
Se for outro caminho que os benfiquistas querem seguir, então estes órgãos sociais não servem. No nosso mandato não vamos montar uma estrutura organizada à margem da lei, nem um modelo de violência e intimidação de agentes desportivos ou jornalistas. Essa não é a nossa postura, nem a nossa forma de agir. Ganhar dessa forma é apenas alimentar uma mentira.


Da reunião do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica foram assumidas as seguintes orientações:
a) Reafirmar a total confiança do Clube nos seus atletas e na sua equipa técnica, e a garantia de que ninguém vai desistir dos objectivos propostos no inicio da presente temporada. Resistir é próprio dos que nesta casa se bateram e continuarão a bater pela verdade no futebol português.
A falta de credibilidade que está a atingir a arbitragem enfraquece o futebol e só quem não está preocupado com o futebol pode estar satisfeito com a presente situação. Não é ilibando, nem protegendo aqueles que reiteradamente erram que se protege o futebol. Há quem veja e queira fazer-se de cego. A esses, essa cegueira tem de custar-lhes caro.


O futebol protege-se agindo, assumindo as medidas necessárias para que a transparência regresse à nossa arbitragem. Quem tem responsabilidades perante a actual situação tem de se fazer ouvir.
O futebol não é viável sem verdade e sem acções. O senhor Vítor Pereira deve pronunciar-se sobre o que se passou, sobre o que pensa fazer para o futuro e sobre o entendimento que tem – na forma e no tempo - sobre a homenagem promovida no dia 5 de Setembro, pela Associação de Futebol do Porto, ao senhor Olegário Benquerença.
Citando o Presidente da UEFA, Michel Platini “os árbitros incompetentes devem ser varridos do futebol”. Pela nossa parte, acabou a tolerância com árbitros incompetentes ou habilidosos.
Cada um deve assumir as suas responsabilidades e o senhor Vítor Pereira tem a obrigação de garantir condições de igualdade nos critérios e na acção dos árbitros a todos os clubes em Portugal. Algo que até aqui não aconteceu.
b) Compreendemos e associamo-nos ao movimento de indignação que desde sexta-feira varre o país. Face à adulteração da verdade desportiva, queremos pedir aos sócios e adeptos do Benfica que continuem a apoiar, de forma inequívoca e sem reservas, a equipa nos jogos que o Benfica realiza no Estádio da Luz, mas que se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa.
A equipa já sabe que vai ter de lutar contra muitas adversidades, algumas previstas, outras totalmente imprevistas - já o sentiu neste início de época - e vai conseguir superá-las, mas os sócios e adeptos do Sport Lisboa e Benfica não devem continuar a ser lesados económica e emocionalmente.
A nossa ausência será o melhor indicador da nossa indignação.
c) Solicitar ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica a suspensão imediata de quaisquer negociações relativas aos direitos televisivos relativos aos jogos da sua equipa profissional a partir da época 2012/13 que possam estar a decorrer com a Olivedesportos. Mais, foi igualmente solicitada uma avaliação no sentido de apurar a possibilidade do Clube passar a gerir de forma autónoma os seus direitos audiovisuais.
Não podemos continuar a tolerar que a falta de seriedade dentro de campo tenha a cumplicidade daqueles que, tendo os nossos direitos televisivos, não revelam isenção na análise e camuflam os erros daqueles que sistematicamente nos prejudicam.
d) Equacionar, em face do desgaste e da falta de garantias de isenção na arbitragem agora evidenciadas, a participação na presente edição da Taça da Liga.
e) Solicitar à comunicação social que, fazendo o seu trabalho, denuncie quem adultera as regras. Que investigue as notas que alguns observadores têm atribuído a algumas actuações de árbitros. Que compare aquilo que sucedeu no campo com a nota posteriormente atribuída.
f) Solicitar ao Senhor Ministro da Administração Interna uma audiência para debater a violência de que a equipa do Benfica tem sido alvo cada vez que se desloca ao Porto. Não queremos confundir as gentes do Porto – que seguramente não se revêem neste tipo de comportamento – com um grupo de delinquentes que organizada e reiteradamente e de forma impune têm vandalizado o autocarro do Benfica e atentado contra a integridade física dos seus atletas.
g) Declarar o Secretário de Estado ‘persona non grata’ pelo trabalho que prestou ao futebol português. Abandonou a anterior Direcção da Liga no seu combate pela credibilização do futebol português, alheou-se – por completo – do processo “apito Dourado”. É, ainda, o responsável por nada fazer para aplicar a lei, pelo que a arbitragem e a Comissão Disciplinar continuam na Liga, quando já deviam estar na Federação Portuguesa de Futebol desde 1 de Julho.


Para além de tudo isto, lamentar as declarações desrespeitosas que o Secretário de Estado teve para com o Sport Lisboa e Benfica e que branqueiam o comportamento daqueles que adulteram a verdade desportiva.
Quem se demite das suas responsabilidades, deve saber que isso tem consequências.
Queremos concluir dizendo que compete aos benfiquistas defender o Benfica e apelando a todos para amanhã, no nosso estádio, darmos uma grande demonstração da nossa força e da nossa união."
 

11 setembro 2010

O Futebol Português rejuvenesce

Crónica de Ricardo Araújo Pereira in A Bola
11/09/2010
 
 
 
Há duas semanas, escrevi aqui que a época 2010/2011 começava naquele dia, quando o Benfica jogasse com o Vitória de Setúbal. O jogo acabou com a vitória do Benfica por 3-0, e eu convenci-me de que tinha razão. Afinal, devo confessar que me enganei. Não estamos a assistir ao início da época 2010/2011. O campeonato que agora começa é o respeitante à época 1996/1997. Aquele ano em que se juntaram, na primeira divisão, árbitros como José Pratas, Augusto Duarte, Soares Dias e Isidoro Rodrigues, entre tantos outros. A arbitragem de ontem, em Guimarães, foi de 96/97. Até quem viu o jogo em casa sentiu o cheiro a naftalina. E os apreciadores de antiguidades terão admirado o rigor com que Olegário Benquerença aplicou as regras daquela altura.
Foi um espectáculo comovente. Quando um jogador vimaranense tentou separar a perna do Aimar do resto do corpo com um pontapé, dentro da área do Vitória. Senti-me 14 anos mais novo. A falta não assinalada que Carlos Martins sofreu, também dentro da área, fez me recuar à juventude. O fora de jogo inexistente que impediu Saviola de ficar isolado à frente de Nilson trouxe me à memória o viço dos meus vinte anos. E, quando Cardozo viu um cartão amarelo por ter marcado um golo limpo, quase chorei de nostalgia. Sou um sentimental, e estes regressos ao passado comovem-me. Só não percebo a razão pela qual este Vitória de Guimarães Benfica foi transmitido pela SportTV, em lugar de ter passado na RTP Memória. Quanto a Olegário Benquerença, já conhecíamos o seu talento como imitador de Quim Barreiros (quem não conhecer, veja o vídeo no YouTube). Mas não sabíamos que ele também tinha jeito para imitar o Martins dos Santos.

Que se saiba, ninguém seguiu o conselho de higiene institucional que Carlos Queiroz nos deixou, gratuitamente, em meados da década de 90: não há notícia de alguém ter varrido a porcaria da Federação. Não serei eu a pôr em causa a necessidade de varrer porcaria, seja na Federação ou noutro sítio, mas, não tendo a porcaria sido varrida, foi com porcaria que Humberto Coelho chegou às meias-finais de um Europeu, e foi na companhia da mesma porcaria que Scolari conseguiu ser vice-campeão da Europa e quarto classificado num Campeonato do Mundo. Bem sei, bem sei: o mérito dos feitos de Humberto Coelho e Scolari é todo de Carlos Queiroz. Foi ele quem lançou as bases. Construiu a estrutura. Pensou o edifício das selecções. E a responsabilidade pelo actual momento da Selecção é de todos menos de Queiroz. Por azar, ele tomou conta da Selecção precisamente na altura em que o efeito da sua obra começou a desvanecer-se. Os seus predecessores destruíram as bases, ignoraram a estrutura e borrifaram se no edifício. Curiosamente, Carlos Queiroz tem mais mérito e influência nos resultados da Selecção quando não está a treiná-la do que quando é seleccionador nacional. E, mesmo quando está longe, Queiroz consegue ser autor moral apenas dos êxitos: é ele o responsável pelo sucesso da equipa que fez um brilharete no Euro 2000, mas não tem responsabilidade nenhuma no desastre do Mundial de 2002, sendo que a chegada à final do Euro 2004 volta a ter o seu dedo.

O despedimento de Queiroz deve agradar, por isso, a ambas as partes: à Federação — que, com processos disciplinares consecutivos, fez tudo para o despedir sem nunca dizer que queria despedi-lo; e ao seleccionador — que, insultando os médicos na Covilhã e o vice-presidente da Federação no Expresso, fez tudo para ser demitido sem nunca dizer que queria demitir-se. Por um lado, é uma pena que Queiroz e a Federação se separem. Fazem um lindo par.

No fim, a cabeça do polvo, pelos vistos, conseguiu o que queria — o que significa que este é o segundo octópode a ser bem sucedido no mundo do futebol em meia dúzia de meses. Infelizmente, dizem-me que ficávamos mais bem servidos se o polvo alemão que adivinhava resultados viesse ocupar o cargo de vice-presidente da Federação e Amândio de Carvalho fosse para dentro daquele aquário na Alemanha.

04 setembro 2010

Jorge Sousa, um árbitro do Porto...

Crónica de Ricardo Araújo Pereira in A Bola
04/09/2010
 
 
 
Reza a lenda que o árbitro Jorge Sousa foi membro dos Super-Dragões. Não sei se o boato começou porque alguém testemunhou a sua presença na claque ou porque, nos jogos que arbitra, Jorge Sousa parece mais portista que o Jorge Nuno.

No Braga-Benfica do ano passado, ficou célebre o golo anulado ao Benfica porque, ao que supuseram os especialistas na altura, Luisão teria respirado com demasiada força no momento de cabecear.

Na final da Taça da Liga, permitiu que Bruno Alves e Raul Meireles ficassem em campo até ao fim, provavelmente para ver qual dos dois venceria o seu campeonato privado de agressões. Foi renhido, mas julgo que ganhou Bruno Alves por 4-3.

No Rio Ave-Porto desta semana, deixou que Falcão se pusesse às cavalitas de um adversário no primeiro golo e admoestou, com cartão amarelo, um jogador vila-condense por ter tido a desfaçatez de sofrer um penalty.

Quando se diz que determinado jogo vai ser arbitrado por Jorge Sousa, árbitro do Porto, sou eu o único que suspeita que não se estão a referir à origem geográfica do juiz?

A interessante entrevista que Jesualdo Ferreira deu esta semana parece explicar o motivo pelo qual Pinto da Costa só costuma prometer títulos a treinadores já falecidos: é da natureza dos defuntos não concederem entrevistas. Três meses depois do fim do campeonato brilhantemente conquistado pelo Benfica, o treinador da equipa que terminou atrás do Braga — e que é, aliás, o homem a quem mais conviria arranjar uma desculpa para a posição em que ficou classificado —, veio admitir que o Porto ficou em terceiro porque «houve duas equipas, nomeadamente a que foi campeã, que foi mais competente». Para surpresa de todos, não fez referências a túneis nem a burocratas. Que estranho. Jesualdo Ferreira deve ter estado distraído. Todos vimos, por exemplo, como o Benfica bateu o Porto no Algarve, na final da Taça da Liga.

No primeiro golo, o túnel de Braga recuperou uma bola no meio campo, fez uma tabelinha com o túnel da Luz e passou ao dr. Ricardo Costa, que rematou de fora da área, batendo Nuno. No segundo golo, o dr. Ricardo Costa apontou superiormente um livre directo fazendo a bola entrar no ângulo superior direito da baliza. E no terceiro, o dr. Ricardo Costa completou o seu hattrick após jogada de insistência do túnel de Braga pela direita. Foi a época toda nisto, e agora Jesualdo Ferreira vem atirar-nos areia para os olhos dizendo que o Benfica venceu porque foi melhor. Ele há cada uma!

O jogo que a selecção fez ontem teve, pelo menos, a virtude de revelar quem tem razão no caso Carlos Queiroz. Este Portugal-Chipre demonstrou cabalmente que a Autoridade Anti-Dopagem não tinha qualquer motivo válido para invadir o estágio dos jogadores portugueses. Passa pela cabeça de alguém que uma equipa que não consegue bater o Chipre em casa esteja a tomar substâncias proibidas? Parece-me um caso evidente de excesso de zelo.
Quanto à selecção de sub-21, apesar da derrota frente à Inglaterra acredito que esteja no bom caminho. O ponta-de-lança Bebé, por quem o Manchester United deu cerca de 10 milhões de euros, parece-me ser um jogador de futuro. Trata-se, aliás, do segundo bebé mais caro do futebol português, a seguir ao de Cristiano Ronaldo, o que indica a qualidade do atleta.

02 setembro 2010

A fruta não perde pontos...

FC Porto pode perder três pontos.

O Marítimo está prestes a apresentar uma queixa na Liga de Clubes contra o FC Porto, pela forma como os azuis-e-brancos abordaram e aliciaram, durante o mercado de transferências, o brasileiro Kléber, jogador que actuou na equipa insular, por empréstimo do Atlético Mineiro.  Ler notícia completa em Sapo Desporto

E quem é que, depois do que já estamos habituados a assistir em termos de justiça desportiva neste país, acredita que isto vai dar nalguma coisa? Basta ver os vídeos da fruta no YouTube e saber no que deu...

A fruta vale muito...